17 de dezembro de 2010

Em meio a um daqueles dias em que os ombros suportam o mundo
E o humor que não ajuda em nada racha a cara em um segundo
Da calma que já não tinha pra raiva que toma o corpo
E antes quem tava junto carrega mágoas do outro
Se encontra e não tem assunto, em um surto acaba o jogo
Igual o fogo de um casal que foi consumido em seu fogo
Eu bebo mais um trago, eu fumo mais um pouco
Pra vê se afundo as dores e me sinto leve e solto
nego nada disso passa, não importa o que se faça
Aquelas vezes em que o bode torna o predador em caça
Caminhando na praça admirando a desgraça da minha raça no momento
Já nem ligo pro vento...
Repassando a conta em si e só isso no pensamento
Peço desculpas, eu lamento eu faria diferente
Mas tantas coisas acontecem que nem parece que é a gente..