13 de outubro de 2010

deja-vú


ontem olhei no espelho e vi tudo que me escorreu pelas mãos
tudo o que eu viví, todas as cores, amores,
então resolvi ignorar o que não me interessa, mas mudo de idéia e logo tudo gela.
o nó na garganta era tão atado, que saliva não descia mais.
dor de ver a paisagem sem flores.
cheia de linhas distintas, cada uma de uma cor, incolor sem flor.
o sentimento que mais brilha dentro
é aquele como o sol na manhã fria
o seu olhar que traz a paz no meio da batalha
paz que sentí quando brincávamos como crianças, 
dando nossos primeiros passos em busca do nada.
fui expulso.
o nó na garganta se consome e desce pro coração,
a palavra mais concreta é a solidão
que consegue me segurar com as mãos
me joga no chão com toda a força
mete os pés pelas mãos, tenta substituir...
acordei abraçado com você.
e quando abrí os olhos, voce não estava mais alí, nem eu.