28 de julho de 2010

Às vezes tento compreender aquilo que não sei explicar, de que maneira estúpida e torpe são feitas as mentiras tão necessárias imprudentes. Todos nós precisamos mentir por amor, amizade, respeito e consideração, mas especialmente pelo prazer e pelo medo. Prazer de enganar e medo de dizer a verdade. Quem diz a verdade se expõe e fica a mercê do julgamento e da tirania dos hipócritas que dizem: Não fale, não ouça, não veja, não sinta, apenas finja. Finja que acredita que os sentimentos são lâminas cegas esterelizadas que cortam sua pele superficialmente sem jamais atingir sua alma, mais eaí? Todos os dias sorrimos afirmando que somos felizes, e a vida regrada pelas paixões mal resolvidas, pelos desejos confinados e principalmente pelo prazer momentâneo, efêmero e insano de pequenos fragmentos do que chamamos de felicidade...